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domingo, 19 de dezembro de 2010

Par Educativo

Visca, Jorge: “Técnicas Proyectivas Psicopedagogicas”.


Trad. Por Sueli de Paula Cunha, para uso exclusivo em sala de aula.
As autoras dessa prova são Malvina Oris e Maria Luisa S. de
O campo, que usaram amplamente para avaliação de jovens 
que ingressavam ao nível médio de educação.
Paulatinamente a sua aplicação se estendeu as crianças da
 escola primária que apresentavam dificuldades de aprendizagem
 e logo depois aos adolescentes com essas dificuldades, como
 com aqueles que realizavam orientação vocacional.
Depois de ser usada profundamente na Argentina sua aplicação
se estendeu ao Brasil onde hoje, também é muito empregada por
 quem se dedica a psicopedagogia e por alguns psicólogos clínicos.
Em 1985 Maria Elena Coviella de Olivero e Cristina Van der
 Kooy de Palácios, publicaram em Aprendizagem Hoje sob o título
 “O Teste “Par Educativo” o objeto de aprendizagem como meio
de detectar a relação vincular latente”, um estudo no qual expõem
os resultados obtidos em uma investigação dedicada a verificar a
confiabilidade e validez dos critérios do teste.
1. Objetivo
Investigar os vínculos da aprendizagem.
2. Materiais
Folha de chamex branca
Lápis preto
Borracha
3. Procedimentos
3.1   Pede-se ao entrevistado que desenhe duas pessoas, uma
que ensina e outra que aprende;
3.2  Solicita-se, quando estiver terminado o desenho, que
 indique como se chama e que idade tem;
3.3  Pede-se que lhe dê um título ao desenho e relate o
 que está acontecendo.


Fundamentos
O vínculo de aprendizagem pode ser abordado investigando a relação
a) Com os objetos de aprendizagem
b) Com quem ensina
c) De quem aprende consigo mesmo nesta situação.
A representação dessas três unidades de análise “objeto”,
 “ensinante” e “aprendiz”, e de suas relações, são altamente
expressivas do tipo de vínculo que cada ser humano estabelece
 com a  aprendizagem.
Embora seja praticamente impossível detalhar todos os indicadores significativos de cada uma das três unidades de análise e suas relações,
não deixam de ser critérios válidos recordar que os objetos de
aprendizagem em suas manifestações externas podem ser concretos
 ou abstratos: lingüísticos, matemáticos, históricos, etc...escolares e extra-escolares, mas que todos podem ser apreendidos de forma instrumental por
 imagem e operações ou por hábitos. Vale dizer como automatismos
 rígidos e irreversíveis.
Tanto a apreensão instrumental como sua oposta depende
de fatores cognitivos como afetivos, os quais podem mesclar-se
e influenciar-se com valores diferentes, porém o discernimento do valor da influência de cada um é particularmente significativo.
Dois movimentos, o de penetração do objeto mediante operações
 de análise e a do sujeito pelo objeto, em virtude de identificações
introjetivas são fundamentais para que ocorra uma adequada
aprendizagem.
A Representação do ensinante como facilitador e intermediário
 possui um valor positivo que implica gratificação e capacidade
 de reparação; opostamente sua caracterização como
 perseguidor punitivo denota sentimentos diametralmente opostos
 que implica perturbações para se conseguir verdadeiras
 aprendizagens, ou seja, aquelas que além de coincidir com
 a aquisição de conteúdos leva a aprender a aprender.
Quem aprende, também possui uma “representação de si próprio”, representação que pode apresentar-se em diferentes graus de consciência e inconsciência. O sentimento da capacidade que se tem ou que não se tem, da modificabilidade da mesma, do grau de tolerância a frustração e muitos outros componentes emocionais são condicionantes do que no enfoque da epistemologia convergente tem sido denominado Modelo de Aprendizagem.
Por último, cabe acrescentar aos aspectos absolutos de cada
 unidade de análise, os relativos: distâncias, tamanhos, posições,
barreiras, etc... que na maioria dos casos falam por si só sobre
 essa relação triangular.
Indicadores mais significativos
Detalhes do desenho:
         Tamanho total
         Tamanho dos personagens
         Tamanho dos objetos
         Posição dos objetos
         Distância de ambos os personagens a representação
do objeto de aprendizagem.
         Caráter completivo dos desenhos
Nomes e idades assinalados
 Correspondência com o entrevistado
 Correspondência com a situação desenhada

Título do desenho
 Correspondência com a situação desenhada
Relato
 Conteúdo do relato
 Correspondência do relato e o desenho
Alguns significados dos indicadores
 Embora o Par Educativo adquira significado quando considerado
como uma totalidade, alguns aspectos possuem significados
particulares que interpretados com a devida cautela, podem
oferecer uma rica informação.
Três grandes conjuntos de indicadores e suas interrelações podem
brindar uma pauta interpretativa: estes conjuntos são: os detalhes
do desenho, o título do mesmo e o conteúdo do relato, no entanto, as interrelações mais significativas estão constituídas pelo desenho e título do
 desenho e conteúdo do relato e desenho; as que se evidenciam por
regular o grau de estereotipia ou flexibilidade dos aspectos
detectados em cada um dos conjuntos previamente mencionados.
Detalhes do desenho
O tamanho total frequentemente se encontra vinculado à importância
que se dá a aprendizagem: os desenhos pequenos parecem
evidenciar um vínculo negativo, do mesmo modo que os
exageradamente grandes: no entanto os razoavelmente
dimensionados indicam uma relação equilibrada onde o
 “negativo” e “positivo” estão integrados adequadamente.
O tamanho dos personagens – que não deixa de ser relativo
 ao tamanho total do desenho e dos personagens
entre si – possui valor particular: enquanto as representações
 pequenas do ensinante como do aprendiz implicam
 respectivamente uma desvalorização, a situação inversa
sugere uma supervalorização na qual o docente pode alcançar
 características persecutórias e quem aprende, uma negação de
 suas próprias dificuldades e alterações na aprendizagem.
 O tamanho dos objetos pode ter dois principais significados:
 quando suas representações forem exageradamente grandes,
 costuma servir de cortina divisória de dois aspectos que ficam
 cindidos – quem ensina – quem aprende, aprendente – conteúdo,
 etc., e quando é exageradamente pequeno pode servir como
 cortina de depositação de projeções negativas deslocadas.
 A posição e distância de dois personagens acontecem de ir:
 “desde a ausência de um deste até um frente ao outro”;
ambas situações representam os pólos de amplíssimas
possibilidades entre as quais cabe destaca: não se olham,
 estão em locais totalmente diferentes, o que aprende esta
 dormindo, etc...etc... A posição dos objetos que costuma
 estar muito relacionado com o tamanho dos mesmos – tem
os mais variados significados: por regular a análise deste aspecto
 indica o tipo de estrutura vincular na aprendizagem que o sujeito
 estabelece, a qual seguindo a tipologia de estrutura de
 conduta de Bleger pode ser: confusional, hipocondríaco, esquizóide, paranóide, histérica, fóbica (e contrafóbica), evitativa, ritualista, obsessiva e depressiva. A distância de ambos os personagens com a representação
 do objeto de aprendizagem, deve ser considerada de duas formas,
 por um lado de cada personagem em si e por outro de ambos em
relação ao objeto. O significado da distância de quem aprende é
por demais evidente, mas de quem ensina, merece uma análise
mais detalhada sem esquecer que sempre é uma projeção ou
vivência de quem aprende é por demais evidente, mas de quem
ensina. Três são as características representáveis nessa parte do
 desenho: de grande distância - que implica o não comprometimento
com o conteúdo e o ato de transmissão – e de uma distância
 adequada e eqüidistante de uma pessoa que aprende, o que
significa que o ensinante é vivido como quem utiliza dos
 conteúdos como instrumento para ensinar a aprender e
 consequentemente hierarquiza o ato de ensinar “superficial”
 como “impedida” em função de tal ou qual objeto ou
 personagens ou diferenças quanto e a estes distintos tipos
 de relação, oferecem uma hierarquia sumamente útil para a
 compreensão da dinâmica emocional do sujeito investigado.
Título do Desenho
O título constitui uma representação de índole relativamente
 diferente ao desenho, como assim também ao relato. De um
lado é uma expressão sintética, mas não menos expressiva dos
sentimentos que animam o entrevistado. Pode ser que resuma
 em poucas palavras as características do vínculo de aprendizagem
 com também pode negá-lo. A concordância ou disparidade entre
 esses dois conteúdos tem seu significado e importância, portanto
 são indicativos dos mecanismos de dissociação, negação e
repressão  utilizados em relação a problemática específica
investigada como instrumento.
Relato
Também constitui uma projeção que pode ser sumamente rica
para averiguar o vínculo de aprendizagem: a) pelo conteúdo
 mesmo, b) por sua correspondência com o desenho; c) por sua
 relação com o título. Pelo seu conteúdo, dado que a expressão
 oral ou escrita – com ou sem lapsos – costuma deixar descoberto
 sentimentos que nem sempre são fáceis de representar graficamente:
 enquanto o desenho deve ser visto como uma fotografia (estática)
 o relato se transforma em um filme (dinâmico) que facilita a
interpretação de atitudes, movimentos, sentimentos, etc.
Por sua correspondência com o desenho e com o título,
 é importante lembrar o dito quanto aos mecanismos de
dissociação, negação e repressão utilizados.
EXEMPLO DE PAR EDUCATIVO
O entrevistado, é um jovem 22 anos, que estuda Administração
 de Empresas em uma universidade particular com grande
 dificuldade. Foi aprovado em um bom número de matérias do
 primeiro ano e se encontra cursando algumas do segundo.
Consulta o psicopedagogo por que diz não saber estudar ou
quem sabe não goste de estudar, mas que tem que fazê-lo “
...porque a família tem uma empresa e porque tem que
 aprender algo na vida”.
Do ponto de vista intelectual possui um bom desenvolvimento
 cognitivo, mas também uma marcada tendência a memorizar
 conteúdos e mecanizar procedimentos.
O ingresso a todos os níveis de educação significaram para
 ele um afastamento do grupo familiar. Para ir ao jardim da
 infância e escola primária foi viver com os tios, a escola
 média cursou em internato e para ir a faculdade os pais
 lhe providenciaram um apartamento em Buenos Aires,
 enquanto eles por questões da empresa, ficaram no interior do país.
Após o estudo diagnóstico – incluída a técnica aqui
 apresentada – o jovem solicita que o psicopedagogo tenha
 uma entrevista com os pais para que lhes explique que
 não deseja estudar mais e que prefere trabalhar na
empresa com os pais. Nesta oportunidade disse:
“para que estudar tanto...para que se tem de aprender
 em uma faculdade....se meu pai não estudou nada e
 dirige a empresa muito bem.... eu creio que fazendo é
 como se aprende e não sentado escutando o que o outro diz...”
Procedimento
3.1 (ver pág. 2)
Ao escutar a consigna e ver o material sobre a mesa o
 entrevistado diz: “prefiro me desenhar com birome”. Tira uma
 birome do bolso interno do seu casaco e desenha rapidamente.
3.2 (ver pág. 2)
Ao pedir que diga seu nome e sua idade e das pessoas
 desenhadas diz: “O aluno tem 10 e o professor 30.
“O aluno se chama aluno e o ‘profe’, profe...”
3.3 (ver pág. 2)
Entrevistador: Que título daria ao desenho?
Entrevistado: Uma aula.
Entrevistador: O que poderia dizer do que está acontecendo?
Entrevistado: A criança lhe custa porque não gosta. Pensa em
 outra coisa e fica em branco.
 O “profe” trata de explicar mas não é muito claro e simpático.
O menino tem que aprender porque senão não vai passar.
Nada mais. Está bem?
Análise
O tamanho total do desenho é pequeno, por isso leva a
pensar num vínculo de aprendizagem negativo; ao que se
 acrescenta o pequeno tamanho do aprendiz em relação ao
 tamanho do docente, o que leva a inferir no sentimento de
desvalorização de quem aprende.
E quanto à posição e distância dos personagens pode-se
 assinalar que o docente está de costas para o aluno e que a
distância entre ambos é significativa. Deve-se notar que tanto
 no desenho como no relato não existe o objeto de aprendizagem,
 com também que o docente e o aluno estão representados por
 figuras ou desenhos muito simples sem acabamento algum do
mesmo modo a mesa e o quadro.
Por sua vez o relato pareceria reproduzir a mesma atitude com
a qual o entrevistado desenhou ou seja colocar-se de fora de uma
 situação que lhe é por demais conflitiva.
Com o objetivo de poder comparar a forma de desenhar do
entrevistado acrescenta-se outro desenho do mesmo: uma pessoa
 já que as do par educativo podem sugerir uma dificuldade
na representação de um esquema corporal.

Texto traduzido do livro “pautas Gráficas
para La Interpretacion de lãs Técnicas Proyectivas Psicopedagogicas”.
Trad. Por Sueli de Paula Cunha. Para uso exclusivo em sala de aula.
Par educativo
Entre os indicadores mais significativos do Par Educativo, cabe
 mencionar: a posição dos personagens, o tamanho relativo dos
 mesmos, as características corporais, o acabamento do
 desenho do personagem, a perspectiva e o lugar onde ocorre a cena.

POSIÇÃO
SIGNIFICADO GERAL
1.Frente a Frente
Bom vínculo de aprendizagem
2.Lado a lado
Vínculo regular de aprendizagem
3.Ambos de costas
Mal vínculo  de aprendizagem
4.O professor de costas para o aluno
O aluno se sente rejeitado pelo docente
5.O aluno de costas para o docente.
O aluno rejeita o professor
O tamanho em si e o tamanho relativo dos personagens constituem
duas categorias que por sua vez se subdividem:
Tamanho
Significado mais freqüente
1. Tamanho pequeno
Não é um vínculo importante
2. Tamanho médio
É um vínculo relativamente importante
3. Tamanho grande
É dada uma importância significativamente destacada a qual pode ser positiva ou negativa.
O tamanho em si do desenho total está relacionado com a
hierarquia que se dá ao vínculo de aprendizagem, enquanto
que o tamanho relativo de um personagem – “quem aprende”
e “quem ensina” – com relação ao outro pode-se expressar das
 seguintes formas e em geral possui os significados assinalados:
Tamanho relativo
Significados mais frequentes
1.Sem discriminação de tamanho
Vínculo confuso com quem ensina
2.Com discriminação de tamanhos
Vínculo claro ou relativamente
claro com quem ensina
3.Docente grande e aluno pequeno
Vínculo na qual se
supervaloriza a quem ensina
4 Aluno grande docente pequeno
Vínculo no qual se subvaloriza
a quem ensina
Em relação às características corporais as que
aparecem com mais freqüência são:
1. Só cabeças
Está suervalorizado o
intelectual que por sua
vez se torna persecutório
2. O corpo do docente inacabado
Pode significar uma agressão
 oculta a quem ensina
3. A simplificação dos personagens
Costuma implicar –
quando o entrevistado
não tem dificuldades para
desenhar – uma desvalorização
 do vínculo de aprendizagem
 com o docente.

A perspectiva é outro indicador importante e a mesma
 quando coloca quem aprende e quem ensina em uma
 contextualização tridimensional sugere claramente um vínculo
 maduro dos pontos de vista afetivo, cognitivo e social pois o
 sujeito realizou os movimentos de descentralização, centração
 e descentração.
Perspectiva
Significado
1. desenho com perspectiva
Vínculo positivo e maduro
Outro observável gráfico do Par educativo é o lugar onde está
colocada a cena (onde ocorre a cena)
Local/Lugar
Ssignificado
1.Âmbito escolar
O entrevistado centrou-se
sobre a aprendizagem
sistemática podendo ser esta
 positiva ou negativa.
2.Âmbito extra-escolar
O entrevistado estabelece
 melhor vínculo com a
aprendizagem assistemática.

2.2.3. Tamaño Grande
2.2.4. Con discriminacion de tamaño
2.2.4.1. Con docente grande y alumno pequeño




La simplificacion de los personajes
2.4. Perspectiva
2.4.1. Dibujo com profundidad


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