A EASP é uma Escola de Atendimento Integral que realiza diversas oficinas com alunos das escolas de Ensino Regular e crianças da comunidade. As oficinas oferecidas são: Informática, Dança, Música, Educação Ambiental, Customização, Judô, Artesanato, Educação Física, Natação, Horta, Desenho e Pintura, Teatro e Criarte. A Sala de Recursos presta atendimento pedagógico aos professores e alunos das oficinas citadas acima disponibilizando material adaptado e orientações didáticas para trabalhar com os Alunos Especiais. Os alunos freqüentam a escola duas vezes por semana, sendo a rotina de atendimento realizada da seguinte maneira: · Escola Classe 316 Sul - 3ª e 4ª feiras vespertino; · Centro de Ensino Médio Setor Leste – 3ª feiras, matutino · CEF 01 do Planalto – 4ª feira matutino; · Escola Classe 416 Sul _ 5ª feira e 6ª feira matutino e vespertino. ( Em todo o ano de 2009, tivemos a desistência escolar de apenas um aluno, Daniel Tenório da Escola Classe 316 Sul por motivo de transferência). 1) Quem são Alunos com Necessidades Educacionais Especiais: São aqueles alunos que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter permanente ou temporário, que resultem em dificuldades ou impedimentos no desenvolvimento de seu processo de ensino-aprendizagem. 2) Como é feito o acompanhamento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais: Nessa Instituição de Ensino (EASP), os alunos escolhem quatro modalidades de atividades por semestre. Sendo duas atividades diferenciadas em um dia e mais duas atividades diferenciadas no outro dia da semana. O acompanhamento dos alunos é feito diariamente pelos professores da Sala de Recursos que auxiliam o aluno no desenvolvimento de suas atividades diárias, inclusive acompanhamento nas suas necessidades básicas como higiene e alimentação. O professor da Sala de Recursos ajuda o professor regente orientando-o para que ele possa dar um melhor atendimento aos alunos ANEE’S adaptando material didático e o currículo. No ano de 2009 contamos com o apoio de 03 professoras em Sala de Recursos. 3) Atendimento educacional especializado: o que é? Por quê? Como fazer? A escola para todos não exclui, acolhe de forma incondicional todo e qualquer aluno. Não os inclui por uma questão meramente filosófica, de solidariedade ou compaixão, mas especialmente por uma questão de direito, que deve ser preservado por pais, professores e por todos nós, cidadãos conscientes de nossos deveres relativos à infância. Sendo a educação um direito indisponível e do aluno, ele está alinhado a uma série de outros princípios de ordem constitucional e educacional. A inclusão trouxe a idéia de uma escola para todos e também a consideração do que é a igualdade e as diferenças na escola. As pessoas com deficiência e de outras minorias estão todas resguardadas pela Convenção da Guatemala, que é muito clara ao dizer que não podemos diferenciar uma pessoa por uma deficiência e, se temos que fazê-lo, que seja para incluí-la e não para excluí-la. Se um aluno permanece na sala de aula, com os demais colegas, mas tendo um professor para trabalhar com ele, à parte, faz atividades diferentes da turma, tem um currículo adaptado às suas necessidades, temos caracterizado um caso de diferenciação que o exclui. Essa é uma ação discriminatória que diferencia esse aluno pela deficiência, mas não para incluir, pois ele está no mesmo ambiente, mas não está tendo as mesmas oportunidades que os demais alunos estão tendo nessa mesma sala de aula. Estas são nuances muito difíceis de serem diferenciadas na cabeça do professor, que entende ensino de qualidade como sendo ensino diferenciado. Ensino escolar é igual para todos, oferecido para um mesmo coletivo e, portanto, não pode ser diferenciado para alguns alunos, na mesma sala de aula. Temos de saber andar no fio da navalha, assegurando o direito à igualdade quando as diferenças inferiorizam nossos alunos e assegurar o direito à diferença quando a igualdade os descaracteriza. Isso é muito diferente de tratar igualmente os iguais e desigualmente os diferentes. Trata-se de uma máxima importantíssima que se aplica não só à escola, como a qualquer agrupamento humano. Ela sustenta inúmeras ações que estão sendo desenvolvidas internacionalmente em favor do direito das pessoas a serem diferentes e do direito à igualdade quando há necessidade que essas pessoas sejam protegidas de qualquer ação discriminatória que possa inferiorizá-las. Como professores que somos, é fundamental que adotemos essa máxima ao pensarmos em nosso projeto pedagógico, na gestão da escola, quando selecionamos as atividades que vamos desenvolver com nossos alunos nas salas de aulas, nas formas de avaliar o aproveitamento escolar. É preciso que se tenha muito claro que tanto o direito à igualdade quanto à diferença devem estar presentes, daí aprendermos a andar no fio da navalha, ou seja, equilibrando-nos entre a igualdade e a diferença, porque há momentos em que a igualdade tem que ser considerada e em outros que a diferença precisa ser vista e atendida, mas sem inferiorização e discriminação. Não é fácil conseguir esse equilíbrio na escola hoje. A ciência evoluiu. Antes achávamos que uma pessoa com síndrome de Down não aprenderia a ler e, porque nós determinávamos isso, nada mais tínhamos a fazer por esses alunos, nas escolas comuns e especiais. A afirmação de que pessoas com deficiência grave não podem ter acesso à escola, às salas de aulas, não aprendem, vão se sentir excluídas, decorre da nossa atribuição de limitações a certos alunos, que nada têm a ver com o aluno em si, mas que marcam sua trajetória escolar e até mesmo o excluem dela.. Os documentos em vigor, a própria LDBEN, consideram o ensino especial uma modalidade, mas também o entendem como sendo um sistema paralelo com seus níveis e etapas de ensino. Se o ensino especial é uma modalidade, como pode ter níveis? Se o sujeito está em uma escola especial, que certificação ele tem de seus estudos? A escola especial, mesmo sendo regularizada, tem que oferecer ensino especial e ensino especial não é ensino comum! Muitos acham que os pais podem escolher para o filho com deficiência uma escola comum ou uma escola especial. Ocorre que a educação é um direito que os pais têm que preservar para seus filhos e esse direito só é assegurado, nas escolas comuns. Temos de ter bem claro esse direito indisponível dos alunos para que, de fato, se assegure a todos o acesso, a participação, o prosseguimento dos estudos nas escolas comuns, de acordo com a capacidade de cada um, como prescreve a nossa Constituição. Não se exige de cada um de nós, professores, fazer milagres, pois quem aprende são os alunos! Nós ensinamos e os alunos aprendem e o que eles aprendem não é determinado pelo que nós ensinamos. Eles aprendem segundo suas capacidades e interesses. É uma outra visão determinista essa que nos faz achar que o ensino faz o sujeito aprender o que queremos que ele saiba e no nível de entendimento que estipulamos. O melhor ensino do mundo vai passar sempre por um crivo na cabeça do aluno, ou seja, temos algo que devemos preservar, que é o seu livre-arbítrio de concordar ou não, gostar ou não, selecionar, guardar, abandonar o que lhe é ensinado, porque isso é próprio da nossa liberdade de ser e de agir, como seres humanos. Podemos gostar de dar aula, de estudar, de nos preparar, especialmente quando vamos oferecer uma disciplina nova. Podemos dar a melhor aula, mas não podemos garantir que ela tenha, na cabeça dos nossos alunos, a repercussão que almejamos para ela. 4) Como os Alunos com Necessidades Educacionais Especiais são avaliados: Os Alunos com Necessidades Educacionais Especiais são avaliados das mais diversas formas. Para que ocorra esse processo faz-se necessário a utilização de material didático adaptado que corresponda a necessidade específica do aluno e currículo funcional. O professor regente, o professor de Sala de Recursos, a Direção e demais professores da escola devem conhecer e se envolver nesse processo pedagógico para que não ocorra uma relação de assistencialismo entre aluno e professor na construção do saber na própria Instituição de Ensino. As adaptações curriculares devem ser registradas no diário de classe e avaliadas no dia a dia de acordo com o crescimento do aluno. É importante respeitar o ritmo próprio de cada aluno e evidenciar a cada dia o seu crescimento. · · · A escolha das Oficinais : A sala de recursos contou no ano de 2009 com o apoio de cada professor regente no intuito de incluirmos o aluno ANEE na oficina em que ele tinha maior interesse e afinidade, ou seja, na que lhe despertava maior interesse. Essa escolha sofre modificações ao longo do semestre mediante o currículo funcional e as adaptações curriculares, sendo assim ao longo do semestre o aluno pode participar de mais de quatro oficinas ou repetir mais de uma no mesmo semestre. O trabalho é desenvolvido de forma colaborativa com atividades diferenciadas para o mesmo conteúdo em grupo. As aulas são planejadas com intuito de prever e incentivar a participação dos alunos usando metodologias de ensino diversificadas. · Habilidades que os professores da Sala de Recursos desenvolvem com os Alunos com Necessiades Educacionais Especiais durante o ano de 2009 : · - Capacidade de ouvir; · - Paciência; · -Verbalização; · _ - Atenção; · - Concentração; · - Memorização; · - Coordenação Motora fina; · - Estímulo a criatividade; · - Senso de percepção; · - Cooperação; · - Socialização; · - Organização de idéias; · - Estímulo à escrita; · - Desenvolvimento do Senso Crítico; · - Criatividade. · Aspectos Positivos do Atendimento Educacional Especializado: A Sala de Recursos viabilizou a suplementação curricular para que os Alunos com Necessidades Educacionais Especiais pudessem explorar as áreas de interesse e aprofundar conhecimentos já adquiridos. A Escola (professores/direção) desenvolveu habilidades relacionadas à criatividade e a resolução de problemas. O aluno foi estimulado a desenvolver habilidades sócio-emocionais, a motivação, a aquisição de conhecimentos diferenciados do seu dia a dia. |
O blog é para quem convive ou trabalha com misturas e misturinhas do dia a dia, com AEE e a "DIFERENÇA" em todos os níveis da vida. Entendo que essas diferenças, erros, fracassos, acertos e vitórias, são minha história e de tantas outras pessoas diferentes. Sou apaixonada pelo meu trabalho e pela vida! Postem emoções que nos invadem sempre; tristes, alegres, intensas, reveladoras, poesias, cursos, pensamentos, informações, endereços eletrônicos, comentários e sugestões.
Nevar
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Quem sou eu????
- Jonilde
- Núcleo Bandeirante, Brasília/DF, Brazil
- Sincera, clara, objetiva, odeio falsidades, ansiosa, discreta, cristã, filha, irmã, neta, prima, aluna, cunhada, esposa, mãe,sobrinha, tia, sogra, avó, professora, terapeuta, psicopedagoga, conselheira, amiga e apaixonada.
Mulher de verdade!!!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Relatório da SALA DE RECURSO
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