Nevar

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Núcleo Bandeirante, Brasília/DF, Brazil
Sincera, clara, objetiva, odeio falsidades, ansiosa, discreta, cristã, filha, irmã, neta, prima, aluna, cunhada, esposa, mãe,sobrinha, tia, sogra, avó, professora, terapeuta, psicopedagoga, conselheira, amiga e apaixonada.

Mulher de verdade!!!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Memorial Flávia

                                                                        
            Terminei o curso de Magistério em 1994 e em setembro de 1995, recém completados os meus dezoito anos, fui chamada para assumir o cargo de professora da Secretaria de Educação do DF, na cidade de São Sebastião.

            Assumi uma turma de CBA continuando (Ciclo Básico de Alfabetização), na época composta por alunos entre oito e quinze anos de idade, com dificuldades de aprendizagem e eu não tinha a menor noção do que fazer e nem recebi qualquer tipo de auxílio por parte da direção da escola que me empurrou a turma por estar devolvendo o professor que pra piorar a situação agredia os alunos. Não consigo me esquecer do dia em que um deles me disse que eles não me respeitariam e que só respeitavam o professor porque ele os encostava contra a parede.

            Diante da minha inexperiência e surpresa em conhecer um mundo bem diferente do que havia idealizado, o que consegui fazer foi descobrir que se eu enchesse o quadro de exercícios, os alunos se calavam e passavam a aula tentando copiar e resolvê-los. Assim acabou o ano e não me lembro de ter me sentido tão frustrada como nessa experiência.
            No ano seguinte resolvi reagir e o magistério passou a ser um desafio para mim. Direcionei minha área de interesse para crianças na faixa etária de seis a oito anos, em processo de alfabetização.

            Em 1999, trabalhei com uma turma de crianças de sete anos da primeira fase da Escola Candanga. Foi quando a educadora que existia dentro de mim resolveu se manifestar de vez. Consegui ajudá-los a aprender a ler e a escrever e ao final do ano letivo, mais de 90% deles estavam lendo e produzindo pequenos textos.

            Acredito que aprendi mais com esta turma do que eles comigo. Eram crianças bastante dinâmicas, que me faziam repensar minha prática a todo instante e senti que deveria contemplar melhor a expressão corporal de meus alunos e o quanto o corpo estava envolvido na aprendizagem.

            Decidi prestar vestibular para Artes Cênicas, com este objetivo, de levar mais expressão corporal para a sala de aula, além de sempre ter me interessado muito pelas artes. Inclusive tocava violão e cantava para os meus alunos e usava muitos recursos musicais em minhas aulas. Terminei o curso de graduação pela Universidade de Brasília em 2004.

            Desde 2000 atuo no Programa de Estimulação Precoce da Secretaria de Educação em São Sebastião, destinado a crianças de zero a três anos de idade, que apresentem algum atraso em seu desenvolvimento. Gosto muito de atuar nesta área pelo fato de ter a consciência de que sempre terei que lidar com situações novas pois sempre aparece alguma criança com algum tipo de comprometimento ainda desconhecido ou não estudado por mim e foi justamente por isso que resolvi me inscrever em um curso de psicopedagogia, principalmente por não ser pedagoga e esta área estar bastante relacionada ao meu trabalho.

Durante esta trajetória profissional, pude realizar muitos cursos de formação continuada e acredito que todos por menos que seja, trazem alguma reflexão nova ao meu fazer pedagógico, mas dentre os que mais me marcaram está um Artes Cênicas, que foi oferecido pela EAPE e foi um dos primeiros cursos que fiz, justamente por marcar em mim está noção de que todo o corpo e todas as áreas de desenvolvimento estão envolvidos no processo de aprendizagem.

Também procuro fazer vários cursos na área de Estimulação Precoce, tanto pelo lado profissional, mas principalmente pela imensa satisfação que sinto em atuar nesta área e adquirir cada vez mais novos conhecimentos que me permitam conhecer melhor o desenvolvimento infantil.

Justamente por toda esta experiência citada, e por estar trabalhando com crianças tão pequenas, a minha questão é: Uma boa construção de percepção e imagem corporal pode influenciar positivamente o processo de aprendizagem da criança, desde as suas primeiras aquisições?

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